Queria me tornar areia. Conceder território ao mar em uma forma mais concreta e real. Queria me transformar em alguma coisa passível de toques reais e duradouros.
Mas com os dias percebo que preciso mesmo é sentir a falta, sendo gente mesmo! Sendo pés que passeiam sobre a areia do mar. Porque... Quando não sou algo da natureza, como areia do chão, sou olhos que vêem um futuro e vivo o presente todos os dias correndo atrás dele. O interessante de tudo isso é que o chamado que me empurra é tão imenso como o mar.
Assim vou sendo... Imaginando que a falta real do mar... Leva-me a construções: Poesias acontecem. Palpitações cardíacas... Escutas requintadas... Sede e paladar para as coisas... E saudade nos olhos.
Depois que você é tocada pelo mar... Há um desejo de se tornar sempre areia do chão... Mas depois que você sente e transforma a falta do mar em desejo de vida... Há sempre um ser que acorda ávido ao dia.
O mar, que mistérios carrega consigo? Suas águas nada dizem sobre o mistério, ele apenas nos convida a sentir seus sons, seus versos e sua infinita beleza que está sempre de combinação com a Lua. O mar realmente é um mistério assim como a vida.
ResponderExcluirAbraços Marina, prazer conhecer você e seus versos.
la mer est toujours la lumière et l'évolution de mon être
ResponderExcluirSão tantos mares mesmo em “7 mares”...
ResponderExcluirSão tantas vidas que viajam por eles, e são tantos os mares que velejam por nossas almas!
E assim, num balé misterioso e continuo as areias que nada mais são que o próprio mar, sede espaço para as marcas de nossas pegadas; dando nos a certeza que dia menos dia, teremos que navegar nestes mares e sentir o massagear de suas areias...
Pois como já eternizou Pessoa: “Navegar é preciso, viver não é preciso...”
Adorei seu poema menina clemente!